Perguntei ao vento, qual é o segredo,
De um poeta que escreve no campo e na cidade,
O que é mais forte, a força da verdade,
Ou o brilho que a mentira dá no enredo?

E o vento me falou: "Quem tem o medo,
Nunca é livre, vive aprisionado,
Na alma, só se sente enfraquecido,
Mas quem enfrenta, vai sair renovado!"

Eu perguntei: "E a arte? O que ela traz?"
O vento riu e falou de forma calma,
"Ela não tem idade, ela não tem alma,
Mas vai transformar as dores em paz."

"Mas, e as máquinas? O que é que faz
O homem agora com tanta invenção?"
O vento então me disse, com precisão:
"Elas ajudam, mas não salvam a mente,
Que vive perdida em seu próprio ambiente."

Eu quis saber mais e perguntei de novo,
Qual o futuro da terra, do mar e do céu,
O vento me respondeu, em tom fiel:
"O futuro é um espelho de um novo povo,
Que aprende a cuidar, sem perder o renovo."

Mas o vento também me falou do amor,
"Ele é simples, mas forte como um trovão,
Na terra, no ar, na mais pura razão,
Não importa a cor, a raça, o tremor,
Amar é a única verdade, é o real sabor."

Fiquei pensando e agora vou perguntar,
O que é o mundo senão esse estandarte,
Onde cada um é estrela, é arte,
E juntos somos todos a brilhar?