Nos Espelhos da Solidão
Sou sombra que dança no ar,
sem ser tocada pela luz,
no silêncio sou o grito,
e no eco, a dor me conduz.
O que carrego em mim,
não se pode traduzir,
mas nas fissuras do tempo,
sigo a me fazer existir.
A noite me envolve e me abraça,
mas o luar não sabe quem sou.
Minhas mãos tocam o vazio,
e o vazio é quem me tocou.
Me escondo nas entrelinhas
de cada suspiro profundo,
no que falo e no que guardo,
sou o mistério do mundo.
Olhe no espelho e veja,
meu rosto atrás do seu,
seremos um ou nada,
se a verdade não for seu deus
Edna Maria
Enviado por Edna Maria em 25/01/2025
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