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O Peso do Dia
O sol nasce, mas não brilha,
bate na pele, que já não sente. O corpo, engrenagem moída, gira no tempo, segue em frente. Mãos calejadas, suor que escorre, olhos vazios de tanto esperar. Trabalho é vida ou sorte que morre no chão sujo de um velho lugar? Rostos sem nome, passos pesados, gente que é peça, nunca pessoa. Engrenagens de um sonho quebrado, onde o patrão manda e a vida ecoa. Quem vê o cansaço em sua fronte? Quem ouve a dor sem gritar? Num país que empilha tijolos, mas não constrói lugar pra sonhar.
Edna Maria
Enviado por Edna Maria em 26/02/2025
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