O vento não tem pressa, mas o tempo se arrasta,
como se cada segundo fosse um grito preso.
E, no entanto, a vida se esconde em cada instante,
em pequenos gestos, em toques que o coração sabe,
mas a mente se perde, se esvai.
Sinto o céu em mim, como um reflexo distorcido,
onde a dor se mistura com as cores do amanhecer.
Eu olho, e tudo parece tão claro,
mas as sombras falam com a minha voz,
dizendo que há um segredo escondido nas estrelas.
A esperança, que outrora me parecia um farol,
hoje é apenas um suspiro perdido na madrugada.
Mas, mesmo assim, o sol se ergue,
e, apesar da luta interna,
a beleza do mundo ainda me chama,
como um eco suave, quase imperceptível,
mas firme o suficiente para me fazer seguir.