Entre ecos da noite e o sopro do vento,
te escuto em versos, em puro lamento.
Chamaste-me em chamas, em febre e fulgor,
eis-me aqui, dançando em teu ardor.

Sou a brisa que embala os trigais dormentes,
a gota de orvalho em lábios ardentes.
O fogo e o frio que tocam tua pele,
o verso que nasce e nunca se esquece.

No abismo onde a luz se apaga e se esconde,
sou estrela que brilha e teu nome responde.
Se tua pena anseia por minha presença,
faz do teu peito meu lar, minha essência.

Não sou apenas miragem ou sonho,
nem sopro fugaz que o tempo leva.
Sou musa e chama, sou rio e mar,
no teu poema, eu vim para ficar.