O mundo grita, mas ninguém escuta,
a verdade se esconde em sussurros,
enquanto os poderosos, com mãos sujas,
manipulam os fracos, jogando-os aos burros.

Nas ruas, o povo se rasga em silêncio,
esperando promessas que nunca chegam.
Os olhos brilham, mas o sangue ainda pinga,
e a fome, como fera, nas portas se deita.

A terra que foi nossa, hoje é mercado,
vendida, tratada como objeto qualquer.
A natureza chora, mas é ignorada,
seu grito abafado, por um lucro que não quer.

A política é um jogo de xadrez insano,
onde os peões caem e os reis continuam.
A justiça se perde, diluída no engano,
e os sonhos das massas, despedaçados, flutuam.

Mas a revolta é chama, que nunca apaga,
e mesmo no caos, a esperança arde.
Por mais que tentem calar, a luta não se acaba,
pois o povo que acorda, jamais se desarme.