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Soneto da Alma Ferida
No peito trago um pranto que não cessa, Um vento frio a sombra me oferece. Em cada passo a dor me ensurdece, E a noite em mim se alonga sem promessa. Meus olhos são abismos de tristeza, E o tempo, impiedoso, não consola. A vida, em seu desprezo, me isola, Semeia em mim saudade e incerteza. Mas se a manhã enfim me alcançar um dia, Quem sabe a luz dissolva a dor amarga, Quem sabe o tempo cure essa ferida. E se essa dor for chama que me guia, Que ao menos sua ardência nunca apague O que em minh’alma resta de vida.
Edna Maria
Enviado por Edna Maria em 03/04/2025
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