Me descasco, me mostro, me exponho, sem medo,
sou pele aberta, coração em segredo,
é na vulnerabilidade que eu me fortaleço,
na queda, no caos, é onde eu me reconheço.

Quem não se arrisca não sabe o que é voar,
e eu não tenho medo de me despir pra me mostrar,
sou tempestade, sou sol, sou mar revolto,
me descasco, me mostro — é assim que me exalto.

No espelho da alma, olho e me encaro,
cada cicatriz é um mapa, um faro,
a dor que carreguei virou armadura,
mas também é fonte da minha ternura.

Me lanço ao mundo, nua, sem pudor,
porque ser inteira é ato de amor,
na exposição encontro minha raiz,
me descasco, me mostro — e aí, eu sou feliz.