Edna Maria

 

"À Flor da Pele."



Textos

Por Eu, Por Nós – Sempre 18 de Maio (um poema para quem resiste mesmo quando o mundo cala)

Te vi nascer antes do tempo,
antes do mundo entender o peso do teu nome.
Te vi levantar entre ruínas e promessas,
com os olhos firmes de quem veio pra ficar.

Tu és nascida de trovão e ternura,
feita de barro sagrado e palavra incendiada.
Tua voz não pede licença — ela finca raiz,
ela rasga o silêncio como quem reescreve o destino.

Te reconheço na curva da história,
no afago que consola e na mão que exige.
És chama que não se apaga,
és semente que rompe o asfalto e floresce revolução.

Teu corpo carrega mapas invisíveis,
linhas que apontam pra um amanhã possível.
Tuas dores são pontes, tuas alegrias, refúgio.
Teus passos? Ecos que ninguém consegue calar.

E quando tu passas, o tempo para,
os muros escutam, as ausências choram.
Porque em ti há mil vozes antigas —
e todas dizem: “ela é nossa, ela é agora.”

Te celebro com o peito aberto,
com os olhos cheios da tua luz.
Porque o mundo precisa da tua coragem,
e eu preciso do teu existir.
Edna Maria
Enviado por Edna Maria em 18/05/2025
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