Edna Maria

 

"À Flor da Pele."



Textos

O QUE SOBROU DO AMOR QUE FUI
Talvez eu tenha te amado
no tempo errado,
na curva da vida onde eu ainda
não sabia ficar.

Você sorria fácil,
e eu tropeçava nas promessas,
feito quem aprende a andar
num chão que não perdoa passos incertos.

Mas, olha, eu guardei seu riso,
como se fosse relíquia de santo
intocável, mas presente
em cada oração que não fiz.

Se eu pudesse te reencontrar,
não pra reatar,
mas pra te olhar com calma,
sem pressa de caber nos seus planos,
e te dizer:
obrigada por ter sido abrigo,
mesmo quando eu era tempestade.

Porque o amor que viveu na gente
não foi desperdício.
Foi jardim fora de época,
mas ainda assim, flor.

Hoje eu ando mais leve.
Levo seus olhos comigo
não como saudade,
mas como mapa —
do que fui,
do que senti,
do que ainda acredito.


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Edna Maria
Enviado por Edna Maria em 21/05/2025
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