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Do tempo em mim
Não me apurem.
Eu sou barro secando ao sol, sou folha hesitando cair. Carrego nos pés o peso das esperas que ninguém quis carregar. Quando eu calar, não se inquietem. O silêncio me fala num idioma que só a dor entende. E eu escuto — com o corpo todo. Se eu parar no meio da sala, não me empurrem. Talvez ali, entre sofá e parede, eu tenha achado um portal. Coisas pequenas me abrem mundos. Eu não vim pra correr, nem pra vencer cronômetros. Sou do tempo da chaleira no fogo, da conversa antes do sim. Meu caminho não tem pressa, mas tem raiz.
Edna Maria
Enviado por Edna Maria em 22/05/2025
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